Trocar fraldas é esperado com tanta frequência que a gente sabe que precisa aprender rápido. Algumas pessoas ficam com uma certa angústia, outras acham que vai ser a coisa mais natural a partir do início. Mas, como a maior parte das coisas na vida, não tem mistério.
A única grande diferença que achamos entre o que esperávamos e o que aprendemos com a nossa Hebamme foi o que fazer para trocar as fraldas da Alice. Acho que o que aconteceu é que não pensamos muito sobre o assunto e fomos com o que a sociedade nos mostra: lencinhos umedecidos em abundância, limpar as mãos com álcool depois de trocar, entre outras coisas mais.
No final das contas fomos por uma linha mais simples e nos agradou muito. Por isso o post, acho que pode realmente ser útil para outras mães e pais.
Primeiro uma lista do que temos no nosso trocador:
- fraldas (como não seria o primeiro item?)
- discos de algodão
- toalhas de papel (Waschlappen)
- óleo de bebê (com óleo de amêndoas e extrato de calêndula)
- caixa de lenço de papel
- cremes variados (com sinceridade vou fazer um post sobre os cremes, que por a Alice ter eczema, são vários)
- tijela de plástico com água
- garrafa térmica pequena com água quente (preciso dizer para deixar FORA DO ALCANCE dos pequenos? Não? Ótimo)
- brinquedo

Discos de algodão, água e óleo
É praticamente só isso que a gente usa para limpar a pequena. E ela nunca teve uma assadura. Claro que isso também vai da propensão, mas sendo que ela tem eczema, achei que seria uma possibilidade. Felizmente disso ela nunca sofreu.
Como a gente faz: temos sempre uma tigela de plástico com água no trocador (quando está frio temos uma garrafa térmica pequena lá para ter água quente), os discos de algodão, toalhas de papel (aqui na Alemanha vende-se especificamente para banho/limpeza com o nome de Waschlappen), e óleo (de amêndoas ou de coco, como no banho).
Na hora de trocar é só umedecer a toalha de papel e/ou o algodão e limpar. Pronto. Acabo usando seguido um pouquinho de óleo, especialmente no algodão, pois acho que isso devolve um pouco da proteção que estamos removendo da pele dela, prevenindo as assaduras.
Raramente usamos lenço umedecido em casa, mas achamos super prático para ter e usar quando estamos com ela na rua.


Eu particularmente prefiro óleos vegetais e sem parafina. Mas claro que é preferência pessoal. No Brasil, um dos produtos que recomendo é o Óleo Vegetal para Banho Mamãe e Bebê da Natura.

Essas são as toalhas de papel que uso com a Alice em casa. Escolhi essa foto para mostrar que, sendo macio suficiente, qualquer produto semelhante funciona igualzinho. Inclusive rolo de papel de cozinha, na minha opinião. De novo, macio para não machucar a pele sensível dos pequenos.
Precisa limpar toda a vez que troca de fralda?
Não, não precisa. Se for só xixi e a pele não está suja, não precisa passar nada. O que fazemos é secar com um lenço de papel para ela não começar a fralda nova já úmida, mas é isso.
E limpar as minhas mãos depois de trocar meu bebê?
Quase sempre vemos pais limpando as mãos com álcool gel depois de trocar as fraldas, não? Pois é, a gente fazia isso também. Até que a Hebamme nos viu trocando fraldas e perguntou “mas vocês sempre passam álcool nas mãos depois de limpar ela?”, e a resposta foi “aham”… Pois não precisa, é um total exagero. Especialmente se for só xixi. Isso também acaba com a flora natural da nossa pele. Quer lavar as mãos? Ótimo. Passar álcool toda vez realmente não faz sentido mesmo.
De novo, acho super prático ter para usar na rua. Mas em casa não tem necessidade.
Creme para assadura?
A Alice nunca teve assaduras, mas começa a ter um pouquinho de vermelhidão quando usamos um pouco mais de lenços umedecidos. Para isso usamos o creme que acharmos mais pertinente: um pouco mais leve ou bem pesado.
O mais pesado é da Nivea, e o mais leve de uma marca bem antiga daqui chamada Kaufmann. Os dois são ótimos, mas com diferentes propósitos, então nem me pergunta qual acho melhor.


Dificuldade em liberar gás?
O que ajudou muito com a Alice foi o “bombeamento”. Não tem mistério: segura as pernas (parte de baixo, panturrilha) e move os joelhos em direção à barriga (como se ela ficasse numa posição de agachamento). Sempre com cuidado para não forçar as articulações, e num ritmo que seja confortável para o bebê.
Quando a Alice precisava de uma ajuda, adorava que a gente fizesse isso. Logo já ria e começava a sair um peixinho aqui e outro ali. Ela ficava bem aliviada. E nós também.
E o brinquedo?
No início só o móbile era mais do que suficiente para a Alice, mas com o tempo uma nova distração para a hora de trocar a fralda surgiu para ajudar. Ela tem dois brinquedos no trocador: uma bonequinha de pano e uma meia com chocalho. A meia ela segura com as mãos mesmo, e assim brinca.
Espero que essas dicas, apesar ou exatamente porque são simples, tenham ajudado ou inspirado.
Ficou faltando alguma coisa? Escreve aqui embaixo.